Conferência: Paisagens Pós-urbanas - o fim dos pontos de vista centrais, a construção tecnológica e colaborativa das visões de mundo

Nesta quarta-feira, dia 30, a partir das 14 horas, o Prof. Dr. Massimo Di Felice (ECA-USP) fará a conferência que dá título a esta postagem.
A temática da conferência é assim descrita pelo professor:

"Com a incorporação de um novo meio, instauram-se novas práticas comunicacionais que incrementam a eficiência e a velocidade das informações, ampliando sistematicamente seu acesso.

Esta característica de inclusão e de participação generalizada deve ser entendida como um dos espíritos fundadores da ação comunicativa, cujos rastros é possível encontrar desde as primeiras práticas comunicativas e que, hoje, as arquiteturas digitais de comunicação em rede prometem realizar tecnologicamente, através do acesso universal a todas as informações e da implementação do direito de todos (indivíduos, empresas, instituições) a igual poder comunicativo, independentemente da posição geográfica ou social. Massimo Di Felice ressalta essa discussão sobre a democratização do processo comunicativo pelas plataformas digitais, analisando a imigração do conceito de público para a participação colaborativa em rede no fluxo comunicacional, apontando para o argumento de um novo tipo de social e de uma nova condição tecnológica do habitar.

Daqui a necessidade de repensar as teorias sobre a opinião pública e de superar as velhas concepções instrumental e sociológica da comunicação que pensaram a ação comunicativa no interior dos confins “emissor e publico”."

Após a conferência, o evento continuará com a mesa redonda "Mídias Nativas: a digitalização das culturas locais e a tomada coletiva da palavra" que contará com a participação de Anapuáka Tupinambá Pataxó (desenvolvedor de redes sociais, Web Brasil Indígena), Tio Pac (videomaker da Cidade Tiradentes), Giselle Dupin (MinC), Julio Duran (UOL) que discutirão as apropriações e experimentações com as mídias digitais realizadas por índios e jovens de periferias. A expressão Mídias Nativas nasceu dos dois eventos, produzidos pelo Centro de Pesquisa ATOPOS, que analisaram, por meio da interação com as tecnologias comunicativas colaborativas, novas formas narrativas eletrônicas realizadas por esses sujeitos historicamente excluídos.

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